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17 de jan. de 2013

Ingratidão

Nos mesmos pratos
"E ele, respondendo, disse: O que mete comigo a mão no prato, esse me há de
trair." - (Mateus, 26:23.)
Toda ocorrência, na missão de Jesus, reveste-se de profunda expressão
simbólica.
Dificilmente o ataque de estranhos poderia provocar o Calvário doloroso. Os
juízes do Sinédrio pessoalmente, não se achavam habilitados a movimentar o
sinistro assunto, nem os acusadores gratuitos do infame.
Reclamava-se alguém que fraquejasse e traísse a si mesmo.
A ingratidão não é planta de campo contrário.
O infrator mais temível, em todas as boas obras, é sempre o amigo
transviado, o companheiro leviano e o irmão indiferente.
Não obstante o respeito que devemos a Judas redimido, convém recordar a
lição em favor do serviço de vigilância, não somente para os discípulos em
aprendizado, a fim de que não fracassem, como também para os discípulos em
testemunho para que exemplifiquem com o Senhor, compreendendo, agindo e
perdoando.
Nas linhas do trabalho cristão, não é demais aguardar grandes lutas e
grandes provas, considerando-se, porém, que as maiores angústias não
procederão de círculos adversos, mas justamente da esfera mais íntima,
quando a inquietação e a revolta, a leviandade e a imprevidência penetram o
coração daqueles que mais amamos.
De modo geral, a calúnia e o erro, a defecção e o fel não partem de nossos
opositores declarados, mas, sim, daqueles que se alimentam conosco, nos
mesmos pratos da vida. Conserve-se cada discípulo plenamente informado, com
respeito a semelhante verdade, a fim de que saibamos imitar o Senhor, nos
grandes dias.

VINHA DE LUZ

Chico Xavier-Emmanuel

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